Orquestra Sinfónica de Milão e Thomas Guggeis: La Renana
Sobre o Evento
Mergulhe na deslumbrante arquitetura do Auditório Fondazione Cariplo, em Milão, para assistir ao derradeiro concerto que irá despertar a sua compreensão da música clássica.
As relações humanas de Johannes Brahms e Robert Schumann estão intimamente ligadas por um fino fio vermelho. Sem Schumann, o outro e a criação do seu mito provavelmente não teriam existido, como aconteceu com a sua Terceira Sinfonia. Datada de 1883, a Terceira de Brahms marca a sua consagração final: nesse ano tinha morrido Richard Wagner e Hans von Bulow chamou‐lhe "o mais eminente, o maior dos compositores".
A outra Terceira, a de Schumann, é, na verdade, a última obra sinfónica do mestre romântico e data de 1850, aquando da sua mudança com a família para Düsseldorf (nas margens do rio Reno), onde tinha sido chamado para o cobiçado posto de concertino: abriu‐se um breve período de serenidade. Deste clima interior apaziguado reflecte‐se a Terceira Sinfonia, composta precisamente no final desse ano e idealmente dedicada, a ponto de ser conhecida como o Reno, à alegre leveza da vida nas margens do rio cantada por Heine.